Sabe
aquela bofetada literária que tanto o ser humano está merecendo? Pois é, em “A
sutil arte de ligar o f*da-se” de Mark Manson você a encontra, e ela pode
deixar marcas! Pensar sempre positivo nem sempre pode ser saudável, às vezes
devemos pensar por duas hipóteses, analisar o positivo e também o negativo,
neste livro o autor deixa claro, que a vida nem sempre é um mar de rosas, às
vezes ela é uma droga mesmo, o mais sensato é admitir, parar, refletir e tentar
consertar de maneira racional.
O caminho para a felicidade não é cheio de glórias o
tempo todo, para chegar à felicidade verdadeira, é preciso sofrer, vencer obstáculos,
além de enfrentar certas humilhações na vida, isso é viver! Dizer que somos todos
especiais é cair em um puro e simples narcisismo. Somos cheios de defeitos e
falhas, o melhor é admitir e conviver com isso, do que passar uma vida
acreditando na perfeição com o pensamento sempre positivo, como se não tivéssemos
problemas, quando eles vivem batendo em nossa porta.
De maneira bem humorada Manson nos conta um pouco da sua
vida repleta de fracassos e vamos combinar não foram poucos, o cara carrega um caminhão
de fracassos, e nos mostra como enfrentar os problemas que aparecem, ele nos
mostra como o velho ditado popular é errôneo. Qual ditado popular? Ah, aquele
que diz: Se a vida te der limões, faça uma limonada. Ora bolas, ninguém fala que
tanta limonada prejudica o estômago, podendo a vir provocar uma úlcera. Rsrsrsrs
O livro é dividido em nove capítulos e cada um traz
ensinamentos cruciais de como em um dado momento da vida o melhor é tacar o
f*da-se, já que esta é a escolha mais libertadora que devemos ter.
Ligar o f*da-se não é viver sem emoções, ser
indiferente a tudo e a todos, não demonstrar abalo a nada, nem se submeter a ninguém,
isso são características de um psicopata, ligar o f*oda-se é se sentir confortável
com a vulnerabilidade, é se importar com algo mais importante do que as
adversidades que cruzam nosso caminho o tempo todo e por último, ligar o
f*oda-se é perceber que nós sempre estamos escolhendo o que realmente importa,
no entanto, nem sempre percebemos essa importância em nossas escolhas.
Mark Manson enfatiza a importância de receber um não,
um NÃO é libertador, as pessoas ao receberem nãos, têm a oportunidade de se
erguerem, lutarem pelo o que quiserem, essa luta os fortalece. A geração atual,
cheia de jovens psicologicamente frágeis se dar pelo fato de seus pais que
receberam nãos, achando que era errado os nãos que receberam de seus pais,
resolveram dizer sim a seus filhos, o resultado foi catastrófico. “A
honestidade é um desejo natural da humanidade, mas um de seus efeitos
colaterais é nos obrigar a ouvir e dizer ‘não’. Desse modo, a rejeição aprimora
nossos relacionamentos e torna a vida emocional mais saudável.”
Enfim, “A sutil arte de ligar o f*oda-se” é uma
bofetada renovadora, o antídoto para a mentalidade fantasiosa que infectou toda
uma geração.
MANSON,
Mark. A sutil arte de ligar o f*da-se. Tradução:
Joana Faro. – 1ª ed. – Rio de Janeiro: Intrínseca, 2017.
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