A COR PÚRPURA
Imagina viver nos Estados Unidos do início do século
XX, ser mulher, preta, não ter educação, descrita como burra, feia, mas
obediente, ah... Ser abusada aos 14 anos pelo pai, ter dois filhos dele e
tê-los arrancados à força de você, se sentir culpada pelo incesto, ver sua mãe
morrer de depressão porquê ela a culpa pelo pai lhe ter querido... Ser obrigada
a casar-se com um viúvo e continuar sendo abusada e espancada por este... Mas
que no fim, você aceita de bom grado, haja vista lhe foi ensinado que deve ser
obediente ao homem...
Imaginou tudo isso? Esse horror? Pois
bem, é isso que faz a protagonista Celie em A cor púrpura da escritora
afro-americana Alice Walker, a obra é um romance epistolar, narrado em 1ª
pessoa pela própria Celie, utiliza linguagem coloquial, porque Celie não teve
educação, publicado em 1982, ganhou o Prêmio Pulitzer de 1983 e depois de um ano
na lista dos mais vendidos do The New York Times, o sucesso chamou a atenção da
Warner Bros e Steven Spielberg dirigiu, o filme foi lançado em 1985, trouxe Whoopi
Goldberg como Celie, Oprah Winfrey como Sofia, Margareth Avery como Shug Avery
e Danny Glover como Albert.
O filme foi indicado a 10
categorias do Oscar de 1986, não ganhou nenhum, gerando polêmicas, já que para
alguns críticos foi o melhor filme daquele ano, de 2005 a 2008 ficou como
musical na Broadway, tendo como uma das produtoras Oprah Winfrey. O filme não
ganhou em nenhuma das categorias do Oscar, no entanto, Whoopi Goldberg ganhou o
Globo de Ouro e o National Board of Review de 86 como melhor atriz pelo filme e
este ganhou o National Board of Review de melhor filme de 86.
Hoje nossa resenha será um pouco diferente, será em
formato de vídeo do meu canal lá no Youtube, segue o vídeo...
ESSA OBRA É ESPLENDIDA, VALE MUITOOOO A PENA LER.
WALKER, Alice. A cor púrpura. Tradução Betúlia
Machado, Maria José Silveira, Peg Bodelson. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009.




Comentários
Postar um comentário